Há certa “mania” em Hollywood quando a questão é a sequência
de filmes de sucessos, as chamadas Parte Dois. Os roteiros tendem a aumentar
demais os conflitos, personagens e, dependendo do tipo de filme, as referências
aos gêneros em que se enquadram. Há muitos exemplos: Alien, De Volta para o
Futuro, Os Caça-fantasmas e quase todos os filmes da Marvel.
E Deadpool 2 (2018) não foge à regra. Tudo aqui é muito superlativo em relação à obra original, de 2016. Há muaitos heróis e cenas de ação e até a duração é maior. Felizmente, o roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick entende isso e consegue incluir ótimas sequências de humor e diálogos, que se autosabotam e tira sarro de tudo que aparece pela frente.
Quando digo de tudo, é de tudo mesmo. Da própria Fox (estúdio produtor do filme), dos concorrentes, como a DC e a produtora Marvel (que ainda não teve o processo de fusão aceito nos EUA), e do próprio elenco, que embarca na brincadeira com gosto (há várias participações especiais divertidíssimas, inclusive uma no estilo piscou-dançou), além de gags visuais inspiradas, como a que envolve uma série de mortes em sequências.
Os atores, é claro, não deixam por menos. Josh Brolin, mesmo fazendo um personagem atormentado, parece que vai cair na risada a qualquer momento. E Zazie Beetz (da ótima série Atlanta) é uma boa adição ao elenco, com talento e carisma. Já o protagonista, Ryan Reynolds, novamente se desprende de qualquer ego para parodiar a si próprio o tempo inteiro, inclusive com uma excelente cena pós-credito.
Sem esquecer ainda que Deadpool continua quebrando a quarta parede para falar com o público, que deve se entusiasmar com as homenagens aos quadrinhos dos X-Men dos anos 80/90, período em que o criador do mercenário tagarela, Rob Liefeld, dominou as artes sequenciais, com músculos exagerados, porradaria sem fim e pouca história, motivo de controvérsias até hoje entre os fãs de HQs.
Porém, diferente do primeiro filme, que era mais ágil e direto, aqui há um claro problema de ritmo, deixando o trabalho cansativo em alguns momentos. E o diretor David Leitch não tem o mesmo talento de Tim Miller para os efeitos especiais. Estes claramente pioraram bastante aqui, com o excesso de CGI ruim distraindo bastante. Em Atômica (2017), Leitch cria boas sequências de ação, mas em Deadpool não consegue manter a regularidade. Há excesso de cortes bruscos e planos ruins, que impedem de entender muito bem o que acontece na tela, sendo mais um exemplar da escola Michael Bay de “como ficar perdido com o que está acontecendo”.
Apesar disso, Deadpool 2 ainda é uma experiência divertida e fugaz de se ver no cinema, e deixa ganchos para que a X-Force tenha seu próprio mundo cinematográfico. Talvez seja melhor assim, pois como o próprio personagem diz, dois filmes já estão de bom tamanho...E que esta não se torne uma franquia que se perde com o tempo.
E Deadpool 2 (2018) não foge à regra. Tudo aqui é muito superlativo em relação à obra original, de 2016. Há muaitos heróis e cenas de ação e até a duração é maior. Felizmente, o roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick entende isso e consegue incluir ótimas sequências de humor e diálogos, que se autosabotam e tira sarro de tudo que aparece pela frente.
Quando digo de tudo, é de tudo mesmo. Da própria Fox (estúdio produtor do filme), dos concorrentes, como a DC e a produtora Marvel (que ainda não teve o processo de fusão aceito nos EUA), e do próprio elenco, que embarca na brincadeira com gosto (há várias participações especiais divertidíssimas, inclusive uma no estilo piscou-dançou), além de gags visuais inspiradas, como a que envolve uma série de mortes em sequências.
Os atores, é claro, não deixam por menos. Josh Brolin, mesmo fazendo um personagem atormentado, parece que vai cair na risada a qualquer momento. E Zazie Beetz (da ótima série Atlanta) é uma boa adição ao elenco, com talento e carisma. Já o protagonista, Ryan Reynolds, novamente se desprende de qualquer ego para parodiar a si próprio o tempo inteiro, inclusive com uma excelente cena pós-credito.
Sem esquecer ainda que Deadpool continua quebrando a quarta parede para falar com o público, que deve se entusiasmar com as homenagens aos quadrinhos dos X-Men dos anos 80/90, período em que o criador do mercenário tagarela, Rob Liefeld, dominou as artes sequenciais, com músculos exagerados, porradaria sem fim e pouca história, motivo de controvérsias até hoje entre os fãs de HQs.
Porém, diferente do primeiro filme, que era mais ágil e direto, aqui há um claro problema de ritmo, deixando o trabalho cansativo em alguns momentos. E o diretor David Leitch não tem o mesmo talento de Tim Miller para os efeitos especiais. Estes claramente pioraram bastante aqui, com o excesso de CGI ruim distraindo bastante. Em Atômica (2017), Leitch cria boas sequências de ação, mas em Deadpool não consegue manter a regularidade. Há excesso de cortes bruscos e planos ruins, que impedem de entender muito bem o que acontece na tela, sendo mais um exemplar da escola Michael Bay de “como ficar perdido com o que está acontecendo”.
Apesar disso, Deadpool 2 ainda é uma experiência divertida e fugaz de se ver no cinema, e deixa ganchos para que a X-Force tenha seu próprio mundo cinematográfico. Talvez seja melhor assim, pois como o próprio personagem diz, dois filmes já estão de bom tamanho...E que esta não se torne uma franquia que se perde com o tempo.