Bem, este foi o ano que comecei neste espaço como
colunista do DIÁRIO DO PARÁ. Em termos de cinema e séries (além de outros
assuntos em menor escala), tivemos bastante assunto para escrever. Assim, decidi
não fazer retrospectivas baseadas em listas numeradas, mas resumindo o que
considerei os melhores e piores do ano, neste e no próximo artigo. Começo com
as obras que, acho, não deram muito certo, foram fiascos de crítica ou
decepcionaram os fãs.
Bem, o pior filme do ano, de longe, é Espetacular
Homem Aranha 2. Com mais dinheiro, vilões e efeitos especiais, Marc Webb
conseguiu fazer uma continuação muito pior que a primeira aventura do aracnídeo
para a nova geração da Internet. O resultado é um filme com roteiro pífio,
vilão sem motivação, efeitos capengas e atores ruins (à exceção de Sally
Field). Para piorar, temos gancho ainda para uma nova sequência baseada no
grupo de vilões do Sexteto Sinistro. Não tenho nem dúvida que será outro grande
fracasso.
Depois do sucesso do ótimo Invocações do Mal, era
uma certeza que teríamos um filme só para a já icônica boneca Annabelle. Antes
não tivesse sido feito. Uma história ruim, uma direção sem direção nenhuma e um
elenco de dar dó. Um sofrimento para quem pagou para ir ao cinema ver esta
tralha. Espero que James Wan assuma a continuação de vez para que tenhamos algo
melhor.
E claro que tivemos ainda o homem que realmente não
sabe a hora de parar: Michael Bay. Não só nos deu, sem necessidade, um novo
Transformers, como ainda produziu uma nova versão das Tartarugas Ninjas. O
primeiro é o mesmo filme de sempre: robôs inúteis, batalhas onde não se enxerga
nada, montagem esquizofrênica e mulheres gostosas. O segundo trouxe de volta os
quelônios mutantes em uma aventura infantil e idiota. Não entendo como os
criadores permitem esse tipo de coisa. Só dinheiro explica.
A televisão americana também teve momentos bem
infelizes neste ano. Primeiro, tivemos que aturar mais um ano da superestimada
Homeland. Não dá para explicar a atração que os críticos têm com esta série.
Muita enrolação, roteiro cheio de buracos e uma protagonista inútil. Outra
série cultuada, The Walking Dead começou bem sua quinta temporada, mas se
perdeu e entregou um Midseason finale bem ridículo. Assim como Game of Thrones,
que passou mais um ano sendo uma série sobre o nada e com muitas falhas, mas
superestimada pelos fãs.
Se J.J. Abrams tem o melhor emprego do mundo, sendo
o diretor das sequências de Jornada nas Estrelas e Star Wars, o mesmo não pode
se dizer das suas produções para a televisão. Revolution foi um fiasco, assim
como Almost Human, que prometeu ser uma boa série de ficção científica, mas foi
uma bomba tão grande que a Fox cancelou ainda na primeira temporada, deixando a
história sem um final. Falando em final, o de Boardwalk Empire foi melancólico.
Se a mão de Scorsese salvou a narrativa nas duas primeiras temporadas, as três
últimas viraram um samba do mafioso doido. Uma surpresa negativa, pois a
maioria da equipe criativa veio da saga da Família Soprano.
Na semana que vem, escreverei sobre o que teve de
bom, para mim, nesse período que se encerra nos próximos dias. Dessa vez, deu
tudo muito certo.
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