Todo remake tem um problema que começa já nos créditos
iniciais: a inevitável comparação com o produto original. E na ampla maioria
das vezes, a refilmagem se mostra uma obra tola e desnecessária (Todos os anos
hollywood nos brinda com uma penca de porcarias, vendidas como readaptações,
mas que são meros caça-níqueis).
Dito isso, podemos dizer que A Morte do Demônio é um filme
menor comparado com o original de Sam Raimi, lançado em 1981. Raimi não tinha
orçamento, mas é um cara criativo e conseguiu transformar um enredo trash em um
clássico dos anos de 1980, graças ao seu talento em arrancar risos em situação
esdrúxulas e apelar para muito gore, ao contar a história de cinco amigos que
decidem passar um fim de semana em uma cabana na floresta, mas acabam
libertando uma entidade demoníaca, graças ao feitiço contido no Necronomicon, o
Livro dos Mortos.
Afora as comparações, o filme deu um ar mais de urgência à
história, se aproximando da ótica atual do cinema de horror (mais choque e
menos alívios cômicos). Há sustos e sangueira em profusão. O estreante diretor
Jede Alvarez (do curta Ataque de Pânico) mostra que tem talento e noção de
profundidade. Ele se mostra seguro nas cenas que exigem maior envolvido de quem
assiste o filme.
Se mostrando mais uma continuação que uma refilmagem (o
sangue na entrada do sótão é um indicativo disso), A Morte do Demônio é uma boa
diversão de final de semana, para quem gosta de um filme de terror bem feito. A
lamentar apenas o roteiro, cheio de buracos (situações mal explicadas e o velho
estereótipo na criação dos personagen) e os atores, que em nenhum momento
esbanjam o carisma de um Bruce Campbell, o eterno Ash da versão original. Falando nele, Assista até o final dos créditos e tenha uma pequena surpresa...
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