(Texto originalmente publicado na coluna #DiárioCultural do caderno Você, no Diário do Pará, edição de 14/10/2014)
Dois desenhos animados têm sido sucessos de público e crítica, digamos assim, este ano: Peppa Pig e Hora da Aventura. Apesar de tão diferentes e destinados para públicos diversos, eles ilustram o fascínio que este tipo de obra ainda causa nas crianças, jovens e - por que não? – em adultos.
Peppa é a nova moda entre os
pequeninos e narra a história de uma porquinha rosa, simpática e questionadora,
em diversas aventuras cotidianas com a família. É o tipo de desenho educativo
que tem se multiplicado, graças ao crescimento das assinaturas de TV a cabo e o
sucesso do Netflix, como a dupla Diego e Dora Aventureira (que meu filho
adora), Super Fofos e Pocoyo. São seriados que ensinam, atravésde roteiros de
aventura, matérias sobre Matemática, português, além de valores como ética e
amizade. São altamente indicados para as crianças, naquela hora de folga entre
a escola e as brincadeiras com os pais.
Já a Hora da Aventura, faz parte
de um gênero de desenho que não se define para que público é destinado. Os
traços são infatilizados, mas os roteiros surpreendem pelo tom lisérgico e
subversivo. É um tipo de humor que mistura Phineas e Pherb com Family Guy, com
menos sutileza que Os Simpsons e menos perversão e e escatologia que South
Park. Finn e seu cão Jake descobrem um mundo louco habitado por todo tipo de
personagem tirados de uma viagem de LSD. Quem acusa o mesmo de ser
politicamente incorreto esquece de como eram estranhos os antigos, como
Pica-Pau, Pernalonga, Tom e Jerry e Caverna do Dragão. Era um festival de cenas
de violência, traições, mortes, que poderiam ter traumatizado uma geração de
crianças, o que não foi o caso.
Mas, o ponto é que desde os anos
de 1950, quando a televisão invadiu os lares, as gerações têm seus desenhos
animados de preferência e, geralmente, de qualidade. Desde as Aventuras de
Tim-Tim, A Pantera Cor de Rosa, Popeye, Os Jetsons, Flintstones, Gato Felix,
Johnny Quest e Space Ghost
até as excelente adaptações de quadrinhos, como Batman e X-men (os dois dos
anos 90), As Tartarugas Ninjas, He-Man e a Patrulha Estelar. Na minha memória,
também ficaram obras divertidas, como Animaniacs, Ducktales, Speed Racer, Thundercats,
Swat Kats e Comandos em Ação.
Cada época tem seus desenhos
favoritos. Alguns permanecem no ar por décadas e décadas nos canais abertos e,
principalmente, em canais infantis da televisão fechada. Muitos também estão
com licença liberada na internet. Assim, você pode, sempre que quiser, sentir o
clima nostálgico de infância que um bom desenho traz.
Verhoeven
Tema da minha primeira coluna
aqui no DIÁRIO, Paul Verhoeven volta a ser homenageado e exibido em Belém. Nesta
quinta-feira (16 de outubro), o Cine CCBEU exibirá Instinto Selvagem, a obra
mais famosa do holandês maldito. A sessão será ás 18h30, no cine teatro do CCBEU,
que fica na travessa Padre Eutíquio, 1309. A entrada é franca e vale a pena
conferir suas obras na tela grande.
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