Quando o apocalipse zumbi acontecer e os mortos começarem a levantar de suas covas, com uma fome insaciável de carne humana, esqueça os valentões, os caras populares do colégio, eles não servirão pra nada. Você vai precisar de especialistas no assunto. Nada melhor, portanto, do que três amigos nerds, viciados em games, que passam o dia matando zumbis virtualmente. Eles sabem as regras e estão doidos para finalmente mostrar o seu valor para o mundo, mesmo que este esteja prestes a sucumbir.
Essa é a premissa da websérie “Bite me”, que já teve a sua primeira temporada concluída. São cinco episódios (média de 10 minutos cada um), que você pode acompanhar abaixo. Como os protagonistas mesmo falam, não interessa como a história começou. O importante é a criatividade no desenrolar dos fatos. Os pontos de vista apresentados. Então não é difícil entender porque a série caiu no gosto da galera. Enquanto vários filmes de zumbis baseados em vídeo games não dão nem pra saída, “Bite me” aposta na simplicidade do tema e “gráficos” excepcionais para divertir bastante, seja você “jogador-espectador” iniciante ou experiente.
Com muitas citações aos clássicos deste subgênero do terror e até uma discussão sobre quais filmes são, de fato, de zumbis, a série é obrigatória para quem curte um morto-vivo, seja nos games ou nos cinemas. No mais puro horror ou, como é o caso, com pitadas de comédia, num afiado humor negro. Tomara que a 2ª temporada não demore a sair...
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O Elo Perdido

Ah se eu pudesse encontrar uma fenda dimensional, que me fizesse voltar no tempo. Não como a que a família Marshall se deparou no terremoto enquanto desciam a cachoeira. Não, não precisava ir tão longe, lá no tempo dos dinossauros. Cinco minutos antes de me acomodar no sofá bastavam. Desligava a TV, ia dormir e pronto. Me poupava uma boa dose de estresse. Isso é que dá não confiar nos meus instintos. Um filme que tem Will Ferrell como protagonista não pode dar certo. O cara até funciona em pontas, pequenas participações, mas à frente de um projeto sempre naufragou.

A série era tosca, com limitação de cenários, figurinos, efeitos especiais que estavam mais para defeitos... Mas tinha conceitos interessantes, roteiros elaborados, criativos (pelo menos na primeira e segunda temporada) e, sobretudo, carisma. Era impossível não se envolver com a história, com a luta pela sobrevivência de uma família em uma terra pré-histórica. Além disso, o trabalho era sério. Foi criado até um alfabeto, com certa quantidade de palavras para os Pakuni, a raça de Cha-ka. Em resumo, a série tinha algo que o filme não mostrou em momento algum: dignidade.
No mais, era uma senhora diversão ver o T-Rex em stop-motion correr atrás dos personagens em todos os episódios até eles chegarem à caverna. E também tinha a abertura. Simplesmente sensacional. Até hoje não vi uma melhor em séries de ficção (veja abaixo). Lembro que corria para frente da TV toda vez que ouvia: “Marshall, Will and Holly, on the routine expedition...”. “O Elo Perdido” é, portanto, um exemplo de que grandes orçamentos não significam nada. Gastaram rios de dinheiro para fazer um filme bisonho, enquanto que uma série de poucos recursos até hoje, quarenta anos depois de seu lançamento, é lembrada com carinho pelos fãs.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Prepare-se para o pior
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos publicou uma campanha sobre como sobreviver a um apocalipse Zumbi. O texto indica ações para se proteger, inclusive com um Kit de Sobrevivência. Além disso, qualquer pessoa pode baixar os selos de informação da campanha.
Se os EUA já estão se preparando, é porque alguma coisa pode acontecer. Prepare-se você também!
O link da campanha é: http://emergency.cdc.gov/socialmedia/zombies.asp



Se os EUA já estão se preparando, é porque alguma coisa pode acontecer. Prepare-se você também!
O link da campanha é: http://emergency.cdc.gov/socialmedia/zombies.asp




segunda-feira, 16 de maio de 2011
Shit my dad says

Tudo começou com um perfil criado pelo norte-americano Justin Halpern no Twitter sobre as pérolas soltadas diariamente por seu pai, devidamente anotadas depois que Justin perdeu o emprego e foi pedir arrego ao seu velho. Com 2.205.814 seguidores, o sucesso do perfil chamou a atenção e o convite para transformar essas tuitadas em livro não tardou. Resultado: um best-seller. Nesse ponto, o caminho para a televisão foi até natural. Só faltava o nome certo para encabeçar a produção. Quando William Shatner disse sim, estava tudo resolvido.
Vocês lembram de toda a canastrice do ator em Jornada nas Estrelas? O humor involuntário que muitas vezes tomava conta das cenas? Pois é, em $#*! my dad says Shatner pode usar à vontade todo o seu repertório, é permitido e aconselhável. As gargalhadas são garantidas. E até nos momentos mais ternos, meigos, essa composição ajuda na veracidade, já que o seu personagem, Ed Goodson, é um sujeito bronco, que só gosta das coisas do seu jeito e tem dificuldade para compreender a necessidade de afeto e carinho dos filhos. Assim, é legal vê-lo tentando se comunicar, a sua falta de habilidade, de tato, na hora de transmitir emoções.

A série já garantiu uma segunda temporada por conta dos bons índices de audiência, refletidos na conquista do People’s Choice Awards nos EUA. Aos oitenta anos, William Shatner mostra que está em forma. Não aparenta a idade que tem. Comanda as ações com o mesmo pulso firme que comandava a Enterprise. É um ator com um carisma impressionante. Não precisa sequer se reiventar. Se continuar desse jeito, essa sua nova “missão” ainda vai durar uns bons anos.
Escrevi esse texto mês passado no Por Aí, do Diário do Pará. O último parágrafo deve ser desconsiderado, pois contrariando todas as expectativas a série foi cancelada. Enquanto isso, um monte de porcaria continua no ar...
Se quiser baixar a primeira temporada, você encontra os links nesse site: http://www.baixartv.com/download/shit-my-dad-says/
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Mangue Negro

Embora o filme, produzido no Espírito Santo, seja de 2009, ainda não tinha ouvido falar dele. Em uma das minhas madrugadas insones, achei-o na internet para download. Uma rápida pesquisa e soube que ele percorreu alguns festivais de cinema fantástico no Sul e Sudeste do país, onde obteve um sucesso considerável. Resolvi conferir e não me decepcionei. É um belo exemplar de terror trash, na mesma linha de clássicos como Evil Dead e Fome Animal.
O que mais me chamou a atenção em Mangue Negro – além do fato de alguém se aventurar no cinema de gênero no Brasil, principalmente o terror, tão renegado – foi a preocupação em não cair na mesmice, de apenas imitar o estilo consagrado por George Romero. Zumbis nós temos aos montes, em todas as mídias. Eles estão na moda e não é de hoje. Então, o que o diretor capixaba Rodrigo Aragão fez foi inserir elementos da cultura brasileira nesse universo, criando uma identificação do espectador com a obra. Afinal, sempre soubemos que a contaminação era em escala mundial, mas nunca vemos isso na tela.

No mais, tem que ser ressaltado o trabalho de maquiagem, feito pelo próprio Aragão. Os zumbis ficaram assustadores, nojentos... O diretor também criou alguns animatrônicos, esses bem toscos. Mas como a ideia era passar uma sensação de decrepitude, o resultado não destoou. O amadorismo dos atores também ajudou na composição do clima realista do filme. Tá certo que, às vezes, dá uma agonia a falta de recursos do mocinho, uma espécie de Ash à brasileira, mas ele consegue funcionar. Outro aspecto que incomoda é o excesso de fades. O diretor poderia ter variado mais.
Mas nada que tire muitos pontos do filme. O fato é que o cinema brasileiro precisa de mais novidades do tipo. E Mangue Negro mostrou que não é difícil. Bastaram, no caso, 50 mil reais e um punhado de criatividade.
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