A coordenação do Framboesa de Ouro (Razzies Awards) divulgou a lista dos indicados a piores do ano de 2010 no mundo do Cinema. o Razzies é uma paródia ao Oscar e a cerimônia de premiação acontece no dia anterior aquela premiação de Hollywood.
Confira os indicados:
Pior filme
- "A saga Crepúsculo: Eclipse"
- "O último mestre do ar"
- "Os vampiros que se mordam"
- "Sex and the city 2"
- "Caçador de recompensas"
Pior ator
- Jack Black - "As viagens de Gulliver"
- Gerard Butler - "Caçador de recompensas"
- Robert Pattinson - "A saga Crepúsculo: Eclipse"
- Taylor Lautner - "A saga Crepúsculo: Eclipse"
- Ashton Kutcher - "Par perfeito" e "Idas e vindas do amor"
Pior atriz
- Jennifer Aniston - "Caçador de recompensas" e "Coincidências do amor"
- Miley Cyrus - "A última música"
- Kristen Stewart - "A saga Crepúsculo: Eclipse"
- Megan Fox - "Jonah Hex"
- Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon - "Sex and the city 2"
Pior ator coadjuvante
- Billy Ray Cyrus - "Missão quase impossível"
- George Lopez - "Missão quase impossível", "Idas e vindas do amor" e "Marmaduke"
- Dev Patel - "O último mestre do ar"
- Jackson Rathbone - "O último mestre do ar" e "A saga Crepúsculo: Eclipse"
- Rob Schneider - "Gente grande"
Pior atriz coadjuvante
- Cher - "Burlesque"
- Liza Minnelli - "Sex and the City 2"
- Nicola Peltz - "O último mestre do ar"
- Barbra Streisand - "Entrando numa fria maior ainda com a família"
- Jessica Alba - "The killer inside me", "Machete", "Idas e vindas do amor" e "Entrando numa fria maior ainda com a família"
Pior diretor
- Jason Friedberg e Aaron Seltzer - "Os vampiros que se mordam"
- Michael Patrick King - "Sex and the City 2"
- M. Night Shyamalan - "O último mestre do ar"
- David Slade - "A saga Crepúsculo: Eclipse"
- Sylvester Stallone - "Os mercenários"
Pior roteiro
- "O último mestre do ar"
- "Entrando numa fria maior ainda com a família"
- "Sex and the City 2"
- "Vampiros me mordam"
- "A saga Crepúsculo: Eclipse"
Pior casal ou elenco
- Jennifer Aniston e Gerard Butler - "Caçador de recompensas"
- O rosto de Josh Brolin e o sotaque de Megan Fox - Jonah Hex
- Todo o elenco de "O último mestre do ar"
- Todo o elenco de "A saga Crepúsculo: Eclipse"
- Todo o elenco de "Sex and the City 2"
Pior sequência, versão ou paródia
- "O último mestre do ar"
- "Fúria de titãs"
- "Sex and the City 2"
- "Vampiros me mordam"
- "A saga Crepúsculo: Eclipse"
Pior uso de 3D
- "Cats and dogs 2: The revenge of Kitty Galore"
- "Fúria de titãs"
- "O último mestre do ar"
- "Nutcracker 3D"
- "Jogos mortais 7 3D"
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Orgulho e Preconceito e Zumbis

No início do século dezenove, a aristocracia inglesa ditava as regras e o jogo de aparências era mais valorizado do que nunca. O papel das matriarcas, por exemplo, era quase unicamente arrumar bons pretendentes para suas filhas e casá-las o mais depressa possível. Essa missão, aos olhos de hoje, causa repulsa. A vontade que dá é de mandar um exército de zumbis para se banquetear com os cérebros, não só dessas mães, mas de todos que compactuam com ideias do tipo, além de outras arrogâncias, sempre ligadas ao status social.
Vontade essa, em parte, saciada pelo escritor Seth Grahame-Smith, que fez uma releitura trash do romance de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, inserindo mortos-vivos na narrativa, que se transforma, então, um uma deliciosa comédia de costumes de humor negro. Apesar de ter mantido 85% do texto original – até por isso mesmo, pensando bem -, o trabalho deve ter sido bastante exaustivo. Afinal, a intenção não era descaracterizar, e sim mudar a contextualização. Portanto, se você estiver familiarizado com a história, o prazer de ler será maior ainda.
A famosa família Bennet, que já passou por tantas encarnações no cinema, na televisão e no teatro, ressurge na literatura com uma característica adicional: a habilidade nas “artes mortais”. Todas as cinco herdeiras foram enviadas à China para se tornarem guerreiras e ajudarem no combate aos “não-mencionáveis”. A contragosto da mãe, é claro, que prefere vê-las bordando e assumindo suas posições submissas em relação aos maridos. Voltando ao que disse lá no primeiro parágrafo, acho que só não rolou uma licença poética mais aprofundada aqui, porque os zumbis não achariam seu precioso cérebro nesta cabeça oca.

É legal notar a forma como o “co-autor” consegue tratar o preconceito nesses novos elementos. Como a família Bennet é simples, ir para a China estudar com monges guerreiros é visto sob uma ótica desprezível, já que o Japão goza de melhores conceitos, com seus ninjas. Isso, claro, é somente na teoria, já que Elizabeth Bennet, a nossa heroína, é uma das mulheres mais letais de toda a Inglaterra. E, tenho que dizer, imaginá-la partindo pra cima do Sr. Darcy, dos zumbis e de qualquer um que ouse desafiar a sua honra é de rolar de rir, pois essa atitude é, simplesmente, uma extensão do seu temperamento.
Se a entrada dos elementos sobrenaturais funciona como chamariz de vendas – o que, de fato, ocorreu, com o livro no topo das listas e, inclusive, com direitos vendidos ao cinema -, a grande sacada foi não se escorar só nisso e fazer o trabalho com responsabilidade. Afinal, todos sabem que onde há zumbis no meio, a probabilidade de existir uma crítica social, à la George Romero, é grande. Era só se aproveitar disso. Assim, se a leitura original, embora reflexiva, já era leve e gostosa, as decapitações e demais banhos de sangue adicionam uma boa dose de diversão.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Melhores e Piores de 2010
Na minha opinião, e aproveitando que o ano terminou, estes foram os melhores e piores de 2010:

A Ilha do Medo
Muita gente não gostou desta homenagem de Martin Scorsese aos antigos suspenses psicológicos. Para mim, é o melhor do ano. Scorsese imprime um exercício de cinema ousado e ameaçador. A cena de Leonardo Di Caprio amparando os filhos mortos no lago é de gelar a espinha.

O Segredo dos Seus Olhos
Juan Jose Campanella cria uma narrativa complexa sobre Amor e Morte em um filme impecável. E ainda conta com o talento de Ricardo Darin. Ainda espero um filme brasileiro atual com essa maturidade cinematográfica.

Bastardos Inglórios
O plano-sequência inicial com o Coronel Hans Landa já mostra o que Quentin Tarantino é capaz. Mas que tudo, um libelo ao Cinema. A Cena da imagem projetada na fumaça é algo de gênio.

Toy Story 3
A Pixar não erra uma. Bom para nós apaixonados por boas histórias. A empresa fecha a saga dos simpáticos brinquedos de maneira brilhante. Quase impossível conter as lágrimas.

A Origem
Cris Nolan é um excelente cineasta e mostra que apesar da história confusa e nem tanto original, sabe o que faz detrás das câmeras. A direção de arte e os efeitos especiais são o grande diferencial, ainda, do filme.

Kick – Ass
A adaptação da Hq é a plataforma perfeita para o exercício de sadismo de Mathew Vaughan. Nicolas Cage está bem a vontade como o pai da fascinante Hit-Girl. Quem não se divertiu com a jovem de 11 anos decepando membros de bandidos com uma espada, não sabe o que é diversão.

Zumbilândia
Uma homenagem aos filmes de zumbi feito para fãs como eu. E ainda tem Woddy Harrelson, tresloucado, e Bill Murray.

À Prova de Morte
Belas Mulheres. Carros. Pés. Kurt Russel. E Tarantino inspirado. Fechou a conta.

A Estrada
Angustiante e pesado, este filme não alivia a tensão em nenhum momento. A história do pai tentando cuidar do filho em um mundo destruído é de dar um nó na garganta.
Os piores:

Skyline
Infelizmente não foi um bom ano para a ficção científica. Três porcarias chegaram aos cinemas, a começar por esta infeliz produção dos irmãos Strause, que cometeram crime parecido em Alien Vs Predador. Péssimo roteiro, péssimos atores e uma direção ridícula. Só os efeitos especiais escapam e olhe lá.

Pandorum
O que parecia uma promessa nos 15 primeiros minutos se torna uma cansativa correria por corredores escuros, com criaturas ridicularmentes maquiadas. E ainda desperdiça o talento de Ben Foster e Dennis Quaid.

Predadores
Cheio de furos no roteiro e ainda com a direção burocrática de Nimrod Antal. E nem atores legais como Adrien Brody, Laurence Fishburne e Danny Trejo conseguem dar um gás nesta porcaria.

A Ilha dos Mortos
Chega, mestre George Romero. Já pode se aposentar...

A Ilha do Medo
Muita gente não gostou desta homenagem de Martin Scorsese aos antigos suspenses psicológicos. Para mim, é o melhor do ano. Scorsese imprime um exercício de cinema ousado e ameaçador. A cena de Leonardo Di Caprio amparando os filhos mortos no lago é de gelar a espinha.

O Segredo dos Seus Olhos
Juan Jose Campanella cria uma narrativa complexa sobre Amor e Morte em um filme impecável. E ainda conta com o talento de Ricardo Darin. Ainda espero um filme brasileiro atual com essa maturidade cinematográfica.

Bastardos Inglórios
O plano-sequência inicial com o Coronel Hans Landa já mostra o que Quentin Tarantino é capaz. Mas que tudo, um libelo ao Cinema. A Cena da imagem projetada na fumaça é algo de gênio.

Toy Story 3
A Pixar não erra uma. Bom para nós apaixonados por boas histórias. A empresa fecha a saga dos simpáticos brinquedos de maneira brilhante. Quase impossível conter as lágrimas.

A Origem
Cris Nolan é um excelente cineasta e mostra que apesar da história confusa e nem tanto original, sabe o que faz detrás das câmeras. A direção de arte e os efeitos especiais são o grande diferencial, ainda, do filme.

Kick – Ass
A adaptação da Hq é a plataforma perfeita para o exercício de sadismo de Mathew Vaughan. Nicolas Cage está bem a vontade como o pai da fascinante Hit-Girl. Quem não se divertiu com a jovem de 11 anos decepando membros de bandidos com uma espada, não sabe o que é diversão.

Zumbilândia
Uma homenagem aos filmes de zumbi feito para fãs como eu. E ainda tem Woddy Harrelson, tresloucado, e Bill Murray.

À Prova de Morte
Belas Mulheres. Carros. Pés. Kurt Russel. E Tarantino inspirado. Fechou a conta.

A Estrada
Angustiante e pesado, este filme não alivia a tensão em nenhum momento. A história do pai tentando cuidar do filho em um mundo destruído é de dar um nó na garganta.
Os piores:

Skyline
Infelizmente não foi um bom ano para a ficção científica. Três porcarias chegaram aos cinemas, a começar por esta infeliz produção dos irmãos Strause, que cometeram crime parecido em Alien Vs Predador. Péssimo roteiro, péssimos atores e uma direção ridícula. Só os efeitos especiais escapam e olhe lá.

Pandorum
O que parecia uma promessa nos 15 primeiros minutos se torna uma cansativa correria por corredores escuros, com criaturas ridicularmentes maquiadas. E ainda desperdiça o talento de Ben Foster e Dennis Quaid.

Predadores
Cheio de furos no roteiro e ainda com a direção burocrática de Nimrod Antal. E nem atores legais como Adrien Brody, Laurence Fishburne e Danny Trejo conseguem dar um gás nesta porcaria.
A Ilha dos Mortos
Chega, mestre George Romero. Já pode se aposentar...
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