segunda-feira, 22 de abril de 2013
Mama (Mama, 2013)
Quando lançou o curta-metragem
Mamá em 2008, Andrés Muschietti atraiu as atenções pela história simples,
horripilante e surpreendente contada em 3 minutos (o curta pode ser visto nesta
postagem aqui). O diretor
acabou atraindo a atenção do cineasta e produtor Guillermo Del Toro (dos
excelentes O Labirinto do Fauno, Mutação e Hellboy). Infelizmente, Del Toro não
tem sido muito feliz nas escolhas dos seus projetos como produtor, o que o diga
o horrendo Don’t be Afraid The Dark.
E mais uma vez Del Toro prova que
a produção não é a sua praia. Infelizmente, o filme que prometia um conto de
fadas assustador é apenas mais um exemplar desses filmes de monstros chatos
jogados às pencas todos os anos nas locadoras. A começar pela história. Um pai,
depois de matar a esposa, foge com as duas filhas e acaba sofrendo um acidente,
e indo parar em uma cabana abandonada no meio da floresta. Ele acaba morte e as
duas crianças, de 2 e 4 anos, ficam 5 anos ali, cuidadas por uma força
sobrenatural, até serem resgatadas pelo tio (Nikolaj Coster-Waldau, o Jaime
Lannister de Game of Thrones) e pela namorada deste, a rebelde Annabel (Jessica
Chastain, de A Hora Mais Escura).
O grande problema é que esta
premissa é cheia de buracos. Não sabemos a causa do assassinato da mãe das
meninas, como elas sobreviveram comendo amoras ou o quanto inútil é o
personagem de Nikolaj na história, além claro do estereotipado psicólogo
quase-detetive que todo filme ruim de terror que se preze tem. Chastain até se
esforça para interpretar a indiferente Annabel, mas a batida relação afetiva
que ela acaba tendo com as crianças torna tudo muito forçado. Salvam o filme,
as duas crianças interpretadas como gente grande por Megan Charpentier e
Isabelle Nélisse. Nélisse tá ótima como a inocente Lilly e Charpentier como a
atormentada Victoria. A direção é extremamente preguiçosa. Os planos são
batidos e as sequências que deveriam ser de susto são sabotadas pela trilha
sonora alta, um clichê de filmes que tentam assustar na marra.
O monstro é outra decepção. Uma mistura da fada dos dentes de Darkness
Falls com a menina cabeluda de O Chamado, a Mama é um amontoado de clichês de
terror. O final é bem decepcionante e anticlimático. Enfim, um filme que criou
grande expectativa, mas se tornou um dos maiores fiascos da temporada.
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Um comentário:
É por aí mesmo. Mais clichê do que dizer "poderia ter sido bem melhor". Mas vamos lá, dou um crédito para o final por não ter sido clichê total...
### SPOILER #####
A mama não leva os restos mortais do bebê. Seria muito desfecho-resolução de filme de fantasma asiático. A cena em que ela destroça os restos do bebê no ar é bacana. O fato de ter sobrado pra Lily também.
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