
Frank Darabont tem crédito por ter feito Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994), um dos melhores filmes dos anos 90. Então, foi com muita expectativa que soube de mais uma adaptação de uma obra de Stephen King feita pelo diretor. Aliás, Darabont é um dos grandes diretores que conseguiram fazer bons filmes a partir de obras de King, como Stanley Kubrick, Brian DePalma, David Cronenberg, John Carpenter, George Romero e Bryan Singer. Esta é a quarta adaptação feita por Darabont, além de The Woman in the Room (1983) e À Espera de Um Milagre (The Green Mile, 1999).
E chegamos ao Nevoeiro e todas as expectativas boas se confirmaram. Um filme forte, corajoso e angustiante. A história: Grupo de habitantes de uma cidadezinha americana fica preso em um supermercado após uma neblina tomar conta da cidade, onde estranhas criaturas se escondem.

Desde os primeiros contatos com os monstros, a situação se torna desesperadora. Os moradores não têm para onde ir e a convivência se torna insuportável. Nesse momento, o pior do ser humano aparece. Egoísmo, Fanatismo religioso, Mentiras. Darabont mostra que, talvez os verdadeiros monstros não estejam lá fora e sim, lá dentro. O roteiro, do próprio diretor, baseado no conto de King, não poupa ninguém. E nada é muito explicado, apenas sugerido, como a responsabilidade militar pelo problema.
Com cenas chocantes e interpretações excelentes, o filme é um dos melhores exemplares de terror dos últimos anos. Desde o sempre canastrão Thomas Jane, que faz um pai disposto a tudo para salvar o filho, até a oscarizada Marcia Gay Harden, como uma fanática religiosa, todos estão muito bem, com destaque para Toby Jones e Andre Braugher.

Frank Darabont foi corajoso o bastante para criar um dos finais mais terríveis até mesmo para um filme de terror. Sério. A sensação de nó na garganta é insuportável com o desfecho que, com certeza, desagradou alguns, mas para mim, foi brilhante, dentro da proposta do filme.
Avaliação: Excelente.
Pontos Fortes: Elenco, clima de claustrofobia e angústia, provocados pelo roteiro e direção de fotografia, o terrível final.
Pontos Fracos: para mim, nenhum.
Trailer do filme:
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